quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Saiba o que cada tipo de estrada exige do seu carro

Subir e descer a serra desafia o sistema de arrefecimento e a embreagem.
As mais bem pavimentadas 'denunciam' falta de balanceamento.


Todo mundo sabe que é importante fazer a revisão no carro antes de pegar estrada, mas o que muita gente se esquece, é que, dependendo da estrada, alguns itens devem ser revisados com mais critério. Veja abaixo o que cada tipo de estrada ou situação exige do veículo.

"Tapetes" 
Trecho da Rodovia Carvalho Pinto (Foto: Divulgação/ Ecopistas)


Estradas muito bem pavimentadas, com pouca curva, como as principais de São Paulo, sugerem uma velocidade média maior. Atente para respeitar os limites, ainda que veja “colegas” voando nessas pistas.
Falta de alinhamento e de balanceamento são os itens que mais incomodam quando se anda em velocidades altas. Quando o problema é falta de alinhamento, o motorista passa a viagem inteira corrigindo a trajetória do carro, que puxará para um dos lados da pista. No caso da falta de balanceamento das rodas, o volante trepida entre 100 km/h e 120 km/h.
Em pistas molhadas, pneus carecas favorecem a aquaplanagem, que pode ser mais frequente em época de chuva, como o verão.  Para sair de uma situação destas, alivie o freio e acelere levemente, para retomar a aderência com o solo.
Previna-se: leve o carro para avaliação dos pneus, substituía os que estão em mau estado (não esqueça do estepe), balanceamento de rodas e verificação dos fluidos e pastilhas de freio.
Sobe e desce da serra

serra de petrópolis (Foto: Chandy Teixeira)
Descer e subir qualquer serra um pouco mais longa exigirá um esforço extra do sistema de arrefecimento, da embreagem e das correias.
O sistema de arrefecimento, campeão em deixar os motoristas na estrada, é responsável por manter a temperatura do motor ao redor dos 90 graus. Em subidas prolongadas, normalmente o motorista reduz a marcha e aumenta a rotação do motor, para não perder força nem diminuir a velocidade. Este aumento de rotação acaba por gerar grande quantidade de calor que deve ser eliminada pelo sistema de arrefecimento.
Já a embreagem tem a função de transmitir o torque e a rotação do motor para o câmbio e, consequentemente, para as rodas. Portanto, quanto mais pesado o carro estiver em uma subida, mais exigida ela será.
sistema de arrefecimento (Foto: Denis Marum/G1)Sistema de arrefecimento.
Quando descemos a serra também temos o costume de utilizar o freio motor, que nada mais é do que reduzir a marcha para não sobrecarregar o sistema de freio. O problema é que estas reduções repentinas podem quebrar a correia dentada. Isto costuma ocorrer quando as correias possuem mais de três anos, ou a quilometragem já atingiu os 50.000 km.
Previna-se: se seu carro já possui alguma anomalia como maior consumo de água, mangueiras inchadas e poça de água na garagem, trate de checar o sistema antes de por o pé na estrada. Se o pedal de embreagem já estiver muito duro ou se você já sentiu que a embreagem patina na primeira marcha e na marcha ré, não arrisque: o guincho vai custar mais caro que o kit de peças a ser substituído. E fique atento para a hora de trocar a correia dentada: via de regra, quando a ela quebra, principalmente com o motor em alto giro, o prejuízo é grande.
Curvas e mão dupla


rodovia de mão dupla ultrapassagem (Foto: Inter TV)Rodovias de mão dupla exigem atenção redobrada
e agilidade na ultrapassagem (Foto: Inter TV)
As estradas mineiras possuem altos índices de acidentes, porque, além da grande quantidade de curvas, em função da topografia do estado, boa parte delas são de mão dupla, exigindo muita atenção do motorista nas ultrapassagens. Para se manter na estrada, seu carro precisará estar com a suspensão em dia: amortecedores e molas garantirão que você tenha estabilidade nas curvas.
Estradas deste tipo também exigem retomadas rápidas e intensas, onde o motorista aumenta o giro do motor repentinamente, assim como na descida da serra. Acelerações repentinas podem romper as correias e causar sério dano ao motor.
Previna-se: atente para o estado dos amortecedores e molas. Se seu carro possui direção hidráulica, verifique também a correia serpentina, pois a quebra dela provoca o endurecimento inesperado da direção, o que pode levar o carro para o sentido contrário da pista.
Buraqueira
buraco em estrada de mato grosso (Foto: TV Centro América)
 Estradas esburacadas como as encontradas no Sul da Bahia e norte de Minas são umconvite para estourar um pneu e amassar as rodas, por isso diminuir a velocidade e ter o estepe em ordem, é um bom começo.
Para rodovias onde o asfalto não é o ponto forte, é importante verificar os pivôs, terminais de direção, buchas das bandejas, molas e amortecedores. Uma pequena trinca, em qualquer um destes itens, pode causar um grave acidente.
A quebra de um pivô ou terminal de direção fará você perder o controle do carro. Se os pneus possuem alguma bolha ou estão carecas, é grande a probabilidade de você acordar dentro de um hospital.
amortecedores e molas (Foto: Denis Marum/G1)Mesmo uma trinca em amortecedores e molas
pode causar acidentes.
Previna-se: mande revisar pivôs, terminais de direção, buchas das bandejas, molas e amortecedores, além do estado dos pneus.
Bons motoristas são reconhecidos pelo pouco desgaste das pastilhas e discos de freio, mas, na dúvida peça, para o mecânico verificar, principalmente se faz mais de 20.000 km que seu carro não visita uma oficina.

Neblina


Muita gente só lembra de verificar as palhetase o detergente na água do reservatório do limpador de para-brisa quando está no meio do nevoeiro, comum nas primeiras horas do dia e em serras.
Previna-se: aproveite e faça um check-up em todas as luzes externas, faróis, lanternas, piscas e luzes de freio. 

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